Para encerrar o semestre, as turmas da disciplina eletiva Videomaker, da Universidade Franciscana (UFN) organizam uma sessão de cinema gratuita e aberta ao público no intervalo das aulas da instituição. O Cinemaker ocorre no dia 4 de julho, às 15h, no hall do prédio 16, próximo à cantina, e no dia 6 de julho, às 20h, no palco do pátio do Conjunto III, quando serão exibidos os minidocumentários produzidos nas avaliações da disciplina. Em caso de chuva, a exibição de quinta passará para o hall do prédio 16.
Os minidocumentários têm a orientação da professora Neli Mombelli e foram produzidos na disciplina, que têm duas turmas formadas por estudantes dos cursos de Pedagogia, Nutrição, Psicologia, Jogos Digitais, Ciências Contábeis, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Design, Biomedicina, Engenharia Civil e Filosofia.
Conforme Neli, a proposta da disciplina é levar a experiência da produção audiovisual para os diferentes cursos. Trata-se de uma eletiva, isto é, qualquer estudante pode matricular-se:
– É nessa diversidade que está a riqueza dela, pela possibilidade de compartilhar as diferentes visões de mundo e experiências técnicas e estéticas. A mostra documental, que resulta da última produção avaliativa da disciplina, reflete bem isso. Fiquei bem orgulhosa do resultado que tivemos, ainda mais que é a primeira vez que Videomaker é ofertada.
DESAFIO CRIATIVO
Para além de criar e exercitar a linguagem audiovisual, o desafio proposto aos estudantes foi o de explorar aspectos do mundo real e, obrigatoriamente, fazer uma entrevista para dar base à narrativa a ser construída. O resultado traz 11 documentários que perpassam os mais diferentes temas, desde questões que estão com força na pauta atual e que abordam diferentes histórias de vida marcadas pela transfobia, ansiedade, bullying , racismo e até temas um pouco mais individuais, mas que não deixam de reverberar questões do coletivo e da sociedade, como a adoção e a busca pela própria identidade; a relação entre o grafite e a tatuagem como vertente artística; a potência do breaking, a paixão de uma vida pelo basquete; e a metalinguagem, que pode estar até mesmo na produção de um documentário para uma disciplina da faculdade.
Thailize Weber Rodrigues, 21 anos, é aluna de Arquitetura e Urbanismo. Conta que como é uma área que lida muito com fotos e vídeos pra divulgação de projetos, optou por mergulhar no mundo do audiovisual.
– Nas aulas, conhecemos o preparo e as pessoas que fazem tudo acontecer por trás das lentes das câmeras. Com isso, pude aprender de iluminação aos sons e como usar tudo isso a favor do nosso vídeo. Essa eletiva vai muito além de editar. O minidoc que fiz com o meu colega Hyrum Saldanha foi sobre o analfabetismo, com o título Um passado presente, mostrando as dificuldades das pessoas não alfabetizadas no cotidiano – expõe Thailize.
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Prestes a se graduar no fim do ano, o estudante de Publicidade e Propaganda João Pedro Ribas, 24 anos, conta que a disciplina foi uma ótima experiência:
– É sempre importante revisitar os conceitos, ainda mais hoje que percebemos a possibilidade de “quebrar as regras” do campo criativo. Mas é preciso entender os processos antes.
Bloqueados, o minidocumentário de João, produzido em parceria com os colegas Yorhan Rodrigues e Gabriel Lira, fala sobre o bloqueio criativo. Situação pela qual eles passaram e os fez descobrir o melhor tema para a produção.
– Nos sentimos bloqueados criativamente. Eram muitas opções de temáticas. Então procuramos profissionais da área da criação audiovisual para entender como é esse bloqueio e se livrar dele. Aproveitamos a experiência de vida dessas pessoas para nos ajudar a entender o que é esse problema. Foram algumas diárias de gravação e uma experiência bem marcante e engraçada, porque criamos algo justamente a partir de um bloqueio criativo – finaliza João Pedro Ribas.