aberto ao público

UFN promove mostra de minidocumentários produzidos em disciplina de audiovisual

Alunos da disciplina Videomaker em momento de bastidores do minidoc “Bloqueados”, um dos 11 que serão exibidos em mostra aberta ao públicoFoto: João Pedro Ribas

Para encerrar o semestre, as turmas da disciplina eletiva Videomaker, da Universidade Franciscana (UFN) organizam uma sessão de cinema gratuita e aberta ao público no intervalo das aulas da instituição. O Cinemaker ocorre no dia 4 de julho, às 15h, no hall do prédio 16, próximo à cantina, e no dia 6 de julho, às 20h, no palco do pátio do Conjunto III, quando serão exibidos os minidocumentários produzidos nas avaliações da disciplina. Em caso de chuva, a exibição de quinta passará para o hall do prédio 16.


Os minidocumentários têm a orientação da professora Neli Mombelli e foram produzidos na disciplina, que têm duas turmas formadas por estudantes dos cursos de Pedagogia, Nutrição, Psicologia, Jogos Digitais, Ciências Contábeis, Arquitetura e Urbanismo, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Design, Biomedicina, Engenharia Civil e Filosofia.

Conforme Neli, a proposta da disciplina é levar a experiência da produção audiovisual para os diferentes cursos. Trata-se de uma eletiva, isto é, qualquer estudante pode matricular-se:

– É nessa diversidade que está a riqueza dela, pela possibilidade de compartilhar as diferentes visões de mundo e experiências técnicas e estéticas. A mostra documental, que resulta da última produção avaliativa da disciplina, reflete bem isso. Fiquei bem orgulhosa do resultado que tivemos, ainda mais que é a primeira vez que Videomaker é ofertada.


As apresentações ocorrerão em prédio e no pátio do Conjunto III da Universidade Franciscana (UFN), na Rua Silva Jardim, 1.175Fotos: Neli Mombelli

DESAFIO CRIATIVO


Para além de criar e exercitar a linguagem audiovisual, o desafio proposto aos estudantes foi o de explorar aspectos do mundo real e, obrigatoriamente, fazer uma entrevista para dar base à narrativa a ser construída. O resultado traz 11 documentários que perpassam os mais diferentes temas, desde questões que estão com força na pauta atual e que abordam diferentes histórias de vida marcadas pela transfobia, ansiedade, bullying , racismo e até temas um pouco mais individuais, mas que não deixam de reverberar questões do coletivo e da sociedade, como a adoção e a busca pela própria identidade; a relação entre o grafite e a tatuagem como vertente artística; a potência do breaking, a paixão de uma vida pelo basquete; e a metalinguagem, que pode estar até mesmo na produção de um documentário para uma disciplina da faculdade.

Thailize Weber Rodrigues, 21 anos, é aluna de Arquitetura e Urbanismo. Conta que como é uma área que lida muito com fotos e vídeos pra divulgação de projetos, optou por mergulhar no mundo do audiovisual.

– Nas aulas, conhecemos o preparo e as pessoas que fazem tudo acontecer por trás das lentes das câmeras. Com isso, pude aprender de iluminação aos sons e como usar tudo isso a favor do nosso vídeo. Essa eletiva vai muito além de editar. O minidoc que fiz com o meu colega Hyrum Saldanha foi sobre o analfabetismo, com o título Um passado presente, mostrando as dificuldades das pessoas não alfabetizadas no cotidiano – expõe Thailize.


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Prestes a se graduar no fim do ano, o estudante de Publicidade e Propaganda João Pedro Ribas, 24 anos, conta que a disciplina foi uma ótima experiência:

– É sempre importante revisitar os conceitos, ainda mais hoje que percebemos a possibilidade de “quebrar as regras” do campo criativo. Mas é preciso entender os processos antes.

Bloqueados, o minidocumentário de João, produzido em parceria com os colegas Yorhan Rodrigues e Gabriel Lira, fala sobre o bloqueio criativo. Situação pela qual eles passaram e os fez descobrir o melhor tema para a produção.

– Nos sentimos bloqueados criativamente. Eram muitas opções de temáticas. Então procuramos profissionais da área da criação audiovisual para entender como é esse bloqueio e se livrar dele. Aproveitamos a experiência de vida dessas pessoas para nos ajudar a entender o que é esse problema. Foram algumas diárias de gravação e uma experiência bem marcante e engraçada, porque criamos algo justamente a partir de um bloqueio criativo – finaliza João Pedro Ribas.


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Bernardo Abbad

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